Primeiro me tirou o ar.
Assim devagar, por dias a passar, me roubou o ar.
Se em minha mão pegou ou no vácuo a deixou, um sufoco ali ficou.
Sem por aí parar, por inúmeras vezes, cruzou meu olhar e me faltou o ar.
Não consigo contar, mas consigo lembrar como é bom sentir, faltar o ar.
Depois, um beijo robou.
A sorte lançou, um vício ficou e o medo espalhou.
E agora?
Seu gosto encantou.
De roubo, passou a ser lei.
Assim te beijei e a mercê eu te dei mais que imaginei.
Um tempo passou, e nem o medo apagou o gosto do beijo que você robou.
Continuou sem engano, talvez não com tantos danos, mas é certo que havia um plano.
Foi um crime em ação, quando no meio de uma canção, perdi a noção e, tornou-se seu, meu coração.
Bateu descontrolado, meu coração colado ao seu amado.
Depois que robou, descartou sem valor e incerto ficou os dias de amor que por alguém esperou.
Mas foi quando os meus sonhos levou, que um fim trágico essa história ganhou.
Nada mais faltou, nem um suspiro ficou, pois apenas magoa resultou do seu ultimo roubo de amor.
O gosto passou, o coração apertou e a saudade secou.
O violão não é meu, o jardim já morreu e o sentido perdeu, pois o sonho era meu, não seu.
Difícil de crer, mas hoje consigo ver o que falta no seu ser.
Não és humano, amargo engano vivi por anos, contigo estando.
Sigo sem ilusão e vivo a emoção de novos sonhos em ação.